segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Movimento estudantil.





Por muito tempo o movimento estudantil era sinônimo de credibilidade e de respeito, graças às inúmeras pessoas que lutaram ao longo do tempo, e principalmente no período militar, para que os estudantes tivessem melhores condições de estudo e liberdade de expressão. E além de defender os direitos de todos os cidadãos.
Várias siglas ficaram conhecidas como: UNE, UBES, USES e tantas outras que se tornaram marcas na história brasileira.
Acontece que hoje essas marcas se transformaram em produtos políticos partidários que são disputadas a tapa para vê quem vai dominar tal sigla e através do prestigio usa-la como trampolim político.
Hoje em dia eles utilizam os congressos para atrair estudantes, ai você até pode pensar: isso não é bom? Mas acontece que os atuais congressos não são propriamente para discutir temas que melhore a educação, mas são verdadeiras festas que rola de tudo. E verdadeiras arenas onde os representantes de políticos se digladiam para sair como a vitória em determinados pleitos que acontecem nesses congressos, e as vitórias só acontece depois de reprimir ou oferecer privilégios aos delegados que tem poder de voto.
Uma outra coisa que atrai os jovens é achar que o espírito revolucionário é moda e não um meio que existe para conscientizar os estudantes e a sociedade em geral. E esses estudantes na sua grande maioria não sabem nem o que é movimento estudantil.
É muito fácil identificar a forma como é tratado hoje em dia o movimento estudantil, basta você acompanhar as eleições do grêmio nas escolas e você vai vê que as maiorias das chapas são eleitas porque têm no seu comando pessoas que são populares ou tidos como os mais engraçados da escola e dificilmente tem alguma proposta a ser apresentada. E são esses jovens que são cobiçados pelos partidos políticos na época da eleição, eles trabalham para candidatos que oferecem de tudo, e acabam tirando toda a atenção do ambiente escolar.
Sem contar alunos que reprovam por vários anos apenas para continuar a frente dos grêmios e manter certos grupos políticos no comando.
O período mais forte do movimento estudantil foi na ditadura militar. E hoje em dia o acontece com o movimento não é uma forma de ditadura? Exemplo disso é parente de políticos que já estão se preparando dentro dos movimentos para ser o corrupto do futuro e ainda garantir que seu parente tenha um governo tranqüilo, sem “subversivos” para atormentar seu governo.
A grande pergunta que fica é se isso vai continuar acontecendo por muito tempo, o que vai acontecer com Brasil que é tido o país do futuro, será que são esses jovens que vão levar o país para esse futuro?

Qual o papel dos movimentos sociais na consolidação da democracia?

Movimentos sociais são o ápice do protesto pela liberdade e igualdade social, eles são o que chamamos de resistência social e são formados pelas pessoas que não desistiram de exercer sua cidadania ao extremo fazendo e cobrando aquilo que têm direito.

Os Movimentos Socias no Brasil

A análise dos movimentos sociais no Brasil revelam forte enfoque teórico oriundo do marxismo, sejam eles vinculados ao espaço urbano e/ou rural. Tais movimentos, quando se referiam ao espaço urbano possuíam um leque amplo de temáticas como por exemplo, as lutas por creches, por escola pública, por moradia, transporte, saúde, saneamento básico etc. Quanto ao espaço rural, a diversidade de temáticas expressou-se nos movimentos de bóias-frias (das regiões cafeeiras, citricultoras e canavieiras, principalmente), de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários.

Cada um dos movimentos possuía uma reivindicação específica, no entanto, todos expressavam as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira.

No início do século XX, era muito mais comum a existência de movimentos ligados ao rural, assim como movimentos que lutavam pela conquista do poder político. Em meados de 1950, os movimentos nos espaços rural e urbano adquiriram visibilidade através da realização de manifestações em espaços públicos (rodovias, praças, etc.). Os movimentos populares urbanos foram impulsionados pelas Sociedades Amigos de Bairro - SABs - e pelas Comunidades Eclesiais de Base - CEBs. Nos anos 1960 e 1970, mesmo diante de forte repressão policial, os movimentos não se calaram. Havia reivindicações por educação, moradia e pelo voto direto. Em 1980 destacaram-se as manifestações sociais conhecidas como "Diretas Já".

Em 1990, o MST e as ONGs tiveram destaque, ao lado de outros sujeitos coletivos, tais como os movimentos sindicais de professores.

Concomitante às ações coletivas que tocam nos problemas existentes no planeta (violência, por exemplo), há a presença de ações coletivas que denunciam a concentração de terra, ao mesmo tempo que apontam propostas para a geração de empregos no campo, a exemplo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); ações coletivas que denunciam o arrocho salarial (greve de professores e de operários de indústrias automobilísticas); ações coletivas que denunciam a depredação ambiental e a poluição dos rios e oceanos (lixo doméstico, acidentes com navios petroleiros, lixo industrial); ações coletivas que têm espaço urbano como locus para a visibilidade da denúncia, reivindicação ou proposição de alternativas.

As passeatas, manifestações em praça pública, difusão de mensagens via internet, ocupação de prédios públicos, greves, marchas entre outros, são características da ação de um movimento social. A ação em praça pública é o que dá visibilidade ao movimento social, principalmente quando este é focalizado pela mídia em geral. Os movimentos sociais são sinais de maturidade social que podem provocar impactos conjunturais e estruturais, em maior ou menor grau, dependendo de sua organização e das relações de forças estabelecidas com o Estado e com os demais atores coletivos de uma sociedade.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Relação entre Ideologia e a Classe Dominante.

É célebre a asserção de Marx e de Engels acerca da ligação entre ideologia e classe dominante presente n’ “A Ideologia Alemã” (1846):

as ideias dominantes não são mais do que a expressão ideal das relações materiais dominantes tomadas como e por ideias; estas são então as relações que fazem dessa a classe dominante e, por conseguinte, as ideias da sua dominação. Os indivíduos que compõem a classe dominante possuem, entre outras coisas, consciência e necessariamente pensam. Assim, a partir do momento em que eles dominam como classe e determinam a extensão e o ritmo de uma época histórica, entre outros domínios, eles também dominam como pensadores, como produtores de ideias, regulando, por inerência, a produção e distribuição das ideias na sua época: portanto, as suas ideias são as ideias dominantes de uma época.

Contudo, dentro dessa classe dominante, os dois autores germânicos sublinham que «uma parte dela aparece como os pensadores da classe (os seus ideólogos activos e que fazem da formação das ilusões dessa classe sobre si mesma o seu modo de vida)» – os intelectuais orgânicos da classe, segundo Gramsci, enquanto a burguesia propriamente dita assume «atitudes em relação a essas ideias e ilusões de forma mais passiva e receptiva, na medida em que eles são, na realidade, os membros activos dessa classe e têm menos tempo de criar essas ilusões e ideias sobre si mesmos.

Os mesmos autores sumarizam o seu argumento da seguinte forma: «as ideias da classe dominante são as ideias dominantes de uma época, isto é, a classe materialmente dominante da sociedade é ao mesmo tempo a força intelectual dominante.

Marx e Engels definem a burguesia como a classe economicamente dominante na contemporaneidade, mas também assumem-na como classe ideologicamente dominante, mesmo quando esta não produz directamente as representações colectivas vigentes numa determinada sociedade. Marx definiu o nexo entre a burguesia enquanto classe proprietária dos recursos sociais de produção (meios de produção, funções de gestão e direcção do processo produtivo, etc.) e a sua dominância (e dominação) ao nível da esfera simbólica e ideológica.

O que é Ideologia?

Ideologia é um conjunto de idéias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais.

O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy.

O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.

No século XX, varias ideologias se destacaram:

- Ideologia fascista: implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de 1930 e 1940. Possuía um caráter autoritário, expansionista e militarista.
- Ideologia comunista: implantada na Rússia e outros países (principalmente do leste europeu), após a Revolução Russa (1917). Visava a implantação de um sistema de igualdade social.
- Ideologia democrática: surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e possui como ideal a participação dos cidadãos na vida política.
- Ideologia capitalista: surgiu na Europa durante o Renascimento Comercial e Urbano (século XV). Ligada ao desenvolvimento da burguesia, visa o lucro e o acumulo de riquezas.
- Ideologia conservadora: idéias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade.
- Ideologia anarquista: defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder.
- Ideologia nacionalista: exaltação e valorização da cultura do próprio país.

Ideologia - Cazuza

Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...

Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver...

O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs
Não tem nenhum rock 'n' roll
Eu vou pagar
A conta do analista
Pra nunca mais
Ter que saber
Quem eu sou
Ah! saber quem eu sou..

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Pra viver...

Pois aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Agora assiste a tudo
Em cima do muro
Em cima do muro...

Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver..
Ideologia!
Pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

artigo 6 da constituição

São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. O artigo 6° que se encontra dentro do Titulo sobre os Direitos e Garantias Fundamentais da nossa Constituição Federal trata sobre os direitos sociais que devem ser respeitados, protegidos e garantidos a todos pelo Estado. São eles:

1. Direito à educação: direito de cada pessoa ao desenvolvimento pleno, ao preparo para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho.

2. Direito à saúde: direito ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde, bem como à redução do risco de doença e de outros agravos.

3. Direito ao trabalho: direito a trabalhar, à livre escolha do trabalho, a condições eqüitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego. · Direito à moradia: direito a uma habitação permanente que possua condições dignas para se viver.

4. Direito ao lazer: direito ao repouso e aos lazeres que permitam a promoção social e o desenvolvimento sadio e harmonioso de cada indivíduo.

5. Direito à segurança: direito ao afastamento de todo e qualquer perigo e garantia de direitos individuais, sociais e coletivos.

6. Direito à previdência social: direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

7. Direito à maternidade e à infância: direito da mulher, durante a gestação e o pós-parto, e de os todos indivíduos, desde o momento de sua concepção e durante sua infância, à proteção e à prevenção contra a ocorrência de ameaça ou violação de seus direitos.

8. Direito à assistência aos desamparados: direito de qualquer pessoa necessitada à assistência social, independentemente da contribuição à seguridade social.